Automobilismo

 Testamos o Toyota Corolla GLi

Nova versão do sedã que brigar com Honda Civic LXS C.
Conforto e segurança são os pontos altos da novidade.

Milene Rios Do G1, em São Paulo

Toyota Corolla GLi (Foto: Divulgação)

Apesar de atraírem públicos diferentes, a briga entre o Honda Civic e o Toyota Corolla pela liderança no segmento de sedãs médios sempre foi apimentada. A Toyota mal lançou a versão GLi, que está posicionada entre o modelo de entrada XLi e intermediário XEi, que a Honda contra atacou logo em seguida com a chegada de uma nova versão do Civic: LXS C.

O Corolla GLi, por R$ 65.050, no modelo manual, e R$ 69.020, na versão automática, traz vidros, travas e retrovisores elétricos, computador de bordo, ar-condicionado automático e digital, sistema de som MP3 Player e painel de instrumentos que varia a luminosidade de acordo com a claridade externa. Entre os itens de segurança estão o airbag duplo, freios com sistema antitravamento ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem).

 

Foto: Divulgação

Toyota Corolla GLi (Foto: Divulgação)

Já o Civic LXS C, que fica entre as versões LXS e a EXS, parte de R$ 65.990 com câmbio manual, mas tem revestimento em couro nos bancos e nas portas. Se no preço e na lista de equipamentos de série as diferenças são mínimas, ao volante elas ficam bastante evidentes. No Corolla, a prioridade é o conforto e a segurança. Ou seja, se você gosta de modelos mais agressivos, esqueça o sedã da Toyota. 

 

Toyota Corolla GLi (Foto: Divulgação)

Inclusive o visual, mesmo com vincos mais expressivos e linhas um pouco mais arredondadas na carroceria, não é tão empolgante como o do rival. Mas essa também não é sua pretensão. A impressão é que no Corolla tudo foi pensado para tratar o melhor possível os ocupantes, principalmente quem está sob o comando da direção. Regulagem de altura do banco do motorista, comando de computador de bordo e do som no volante, revestimento aveludado nas portas e nos assentos, estão entre os itens que facilitam o dia a dia do motorista no trânsito carregado.

Para os outros a bordo, há ainda para-sol com luz de cortesia, descansa braço no banco traseiro com porta-copos, apoio de cabeça para o terceiro passageiro e trava automática das portas. Outro item que pesa a favor do conforto é o isolamento acústico. Com o carro parado, a sensação é que o motor está desligado.

 

Toyota Corolla GLi (Foto: Divulgação)

Os 136 cavalos do motor 1.8 flex, disponível em todas as versões, garantem boas arrancadas e a caixa de transmissão tem engates suaves. A suspensão macia, sem ser muito molenga, também é outro ponto alto do modelo.


A rápida resposta da Honda visa impedir que a Toyota se aproxime em número de vendas do Civic. No acumulado do ano, até setembro de 2009, o sedã da Honda tem pouco mais de duas mil unidades de vantagem para o sedã da Toyota, com 40.321 modelos vendidos, contra 38.024 do Corolla. O próximo passo para esquentar essa disputa será a adoção do motor 2.0 nos dois sedãs. O da Toyota já tem data marcada para estrear: março de 2010. Resta saber se o Civic não vai querer chegar primeiro...

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Ford faz recall do utilitário Explorer e da picape Ranger

Convocação envolve modelos fabricados entre 1995 e 2002.
Defeito no piloto automático pode levar a incêndio no motor.

  Em São Paulo;

Ford Explorer fabricado entre 1995 e 1997 com motor V6 pode apresentar problema no piloto automático (Foto: Divulgação)

A Ford anunciou nesta sexta-feira (30) a convocação dos proprietários do utilitário-esportivo Explorer (ano/modelo 1995 a 1997) e picape Ford Ranger (ano/modelo 1995 a 2002), ambos equipados com o motor V6.

A fabricante orienta que os envolvidos devem entrar em contato com um distribuidor da marca para instalação de um chicote adicional no círculo de desativação do controle de velocidade.

Segundo a marca, há possibilidade de infiltração de fluido de freio, por meio da região interna do interruptor de desativação do controle de velocidade (piloto automático), podendo acarretar corrosão e superaquecimento dos terminais. Ainda há riscos de incêndio no compartimento do motor.

O início do atendimento será a partir da próxima terça-feira (03) nas distribuidoras Ford. O agendamento e mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 703 3673 e o site.

A Fundação Procon-SP entende que por se tratar de possibilidade de acidente com risco à saúde e segurança dos usuários do veículo e de terceiros, o atendimento deve ser de imediato. O recall envolve os modelos adquiridos da concessionária ou de pessoa física. Se o consumidor tiver qualquer dificuldade para efetuar o reparo/substituição, deve procurar um órgão de defesa do consumidor.

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Eis o Volkswagen Gol I-Motion

Gol, o carro mais vendido do país, é agora o automatizado mais em conta.
Sistema dispensa embreagem e é mais barato do que o câmbio automático.

Milene Rios Do G1, em São Paulo

 

Foto: Divulgação

Modelo que é o mais vendido do país, agora é o carro automatizado mais em conta do mercado (Foto: Divulgação)

Bastou a Fiat adotar no Palio o câmbio automatizado, que ela chama de Dualogic, que a “rival” Volkswagen respondeu — adotou o sistema para seu carro de entrada. Para ter diferencial em relação à concorrente, a Volks decidiu trazer a novidade por um preço mais em conta, o que dá ao carro mais vendido do país o título também de ‘semi-automático’ mais barato do mercado.

No hatch da Volks, trocar as marchas sem precisar pisar na embreagem custa R$ 34.605, ante os R$ 37.630 pagos pela tecnologia no Palio. Além de mais barato, o sistema automatizado da marca alemã, desenvolvido em parceria com a Magneti Marelli, trata melhor o motorista.

 

Foto: Divulgação

Câmbio automatizado tem uma central eletrônica de comanda as trocas e por isso dispensa o pedal da embreagem (Foto: Divulgação)

A grande restrição a esses sistemas são os trancos durante as passagens de marchas. No Gol, e em todos os outros modelos que a marca batizou de I-Motion, as relações entre a segunda, terceira e quarta velocidade foram encurtadas, o que significa menor queda da rotação do motor durante as trocas e mais conforto para quem está à bordo. Mesmo com as melhorias, o sistema automatizado é muito distante da suavidade e precisão das trocas dos automáticos de última geração e da delicadeza do câmbio CVT. 

 

Foto: Divulgação

Mensagem aparece no centro do quadro de instrumentos para orientar o motorista de como utilizar o sistema (Foto: Divulgação)

Os carros ‘populares’ automatizados, na verdade, são uma boa saída para o anda e para do trânsito de grandes cidades, já que por cerca de R$ 2.500 a mais (os câmbios automáticos custam em média R$ 4.500), tira a preocupação do motorista de reduzir as marchas, trabalho feito por uma central eletrônica que realiza as trocas automaticamente. E se o motorista cansar também o braço, pode deixar no modo “D” que o sistema faz o resto. 

 

Foto: Divulgação

Gol pode vir com o volante do Passat CC que traz comandos de som do volante, do computador de bordo e as borboletas atrás do volantes (Foto: Divulgação)

O motor 1.6 de 104 cavalos interage bem com o sistema que, por outro lado, insiste em jogar a maior marcha possível para economizar combustível, o que deixa o carro sem fôlego. Para quem gosta de agilidade, a dica é optar pelo modo manual e aliviar o pé do acelerador durante as passagens de velocidade, para sentir menos o solavanco. Há ainda a opção "S" - esportiva -  que faz com que o motor trabalhe em rotações mais altas. Caem muito bem com a proposta jovial do Gol as borboletas atrás do volante, opcional inserido em um pacote que traz o volante do Passat CC, computador de bordo e MP3 Player, a partir de R$ 1.790 (dependendo da versão).

 

O Gol I-Motion, assim como a versão manual, peca na lista de equipamentos de série. Apesar de mais barato em relação ao Palio, a versão mais em conta com câmbio automatizado sai de fábrica apenas com para-choque na cor do veículo e regulagem de altura dos assentos e do cinto de segurança. No hatch da Fiat, por uma diferença de pouco mais de R$ 3 mil, o motor é 1.8 litros e são oferecidos computador de bordo, comando interno de abertura do porta-malas e do tanque do combustível, direção hidráulica, faróis de neblina e volante do regulagem de altura. É de se colocar na ponta do lápis.

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Congresso quer mudar Código de Trânsito

Promessa é de leis mais rigorosas e multas mais pesadas.
Álcool, moto e cansaço na direção são as discussões principais

 

No mês passado o Código de Trânsito fez 12 anos e muitos artigos ainda são letra morta. Por isso, estudam-se mudanças para apertar mais a lei e pesar mais no bolso dos infratores.


São mais de 200 mortes por dia - bem acima das estatísticas oficiais – que não contam as vias federais, estaduais e municipais e os que morrem até 90 dias após o acidente. A mudança proposta dá mais atenção ao que mata mais: álcool, moto e cansaço na direção.

O motorista do ônibus foi parado pela polícia, suspeito de estar dirigindo bêbado.

Acabou reprovado no teste do bafômetro. “Foi notificado por conduzir o veículo estando embriagado, teve a carteira suspensa e pagará uma multa de R$ 950”, aponta o tenente Fagner de Oliveira Dias.



Ele tinha o direito de se negar a passar pelo bafômetro. A carteira seria apreendida, mas o motorista poderia ir para casa. A Lei Seca permite. Só que isso pode mudar.

Quem se recusar a fazer o teste do bafômetro e tiver sinais claros de embriaguez vai ser levado para a delegacia. Essa é uma das mudanças nas leis de trânsito que estão em discussão na Câmara.

Para os caminhoneiros, parada obrigatória. A cada quatro horas, 30 minutos de descanso. “Eu acho que vai atrapalhar tudo”, opina o caminhoneiro Edson Almeida. A ideia é evitar acidentes provocados por longas jornadas. “Vinte e nove horas direto, sem parar e acelerando”, conta o caminhoneiro Edson Guisi.

As multas também podem ser mais caras e a correção passaria a ser anual. “Quando pesa no bolso da pessoa ela pensa um pouquinho ao praticar a infração”, concorda o engenheiro Antonio Torresilas.

Para os motoqueiros, trafegar no meio dos carros, só se o trânsito estiver parado. “Demora muito se ficar atrás do carro, porque a moto é boa para entrar no corredor. É perigoso, mas fazer o quê”, aponta o motoqueiro Fábio Silva.

“Eles deveriam respeitar mais o corredor porque eles passam de uma vez, eles não obedecem, quebram retrovisor de carro, é muito ruim para o motoqueiro”, diz o vendedor Glauber Oliveira.

Caso sejam aprovadas, as mudanças serão as primeiras desde a criação do atual Código de Trânsito que está em vigor há 12 anos.  “A gente vê cada coisa nessas vias aí, uma coisa de louco”, comenta o taxista Raimundo Francisco.

“Deve endurecer porque há famílias que pagam um preço caro sem ter culpa de nada”, lembra a dona de casa Regina Fonseca.

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